quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Seu líder é autônomo ou heterônomo?

É muito importante para qualquer pessoa, principalmente para as lideranças, o autoconhecimento pois é por meio dele que se eleva a percepção madura do mundo.

Mas o que é autonomia e heteronomia?

Autônomo (auto = próprio, nomos = norma, lei) é aquele que escreve suas próprias normas de conduta ou que acata as normas gerais, não por medo ou castigo, mas por aceitá-las como suas e como verdadeiras. O heterônomo apenas obedece às normas estabelecidas por outras pessoas.

É claro que o que se espera do indivíduo adulto e das lideranças é que sejam autônomos, responsáveis e capazes de controlarem suas próprias ações, fazendo as coisas certas nos momentos adequados. Uma coisa de cada vez, é claro, mas com noção precisa da prioridade, da responsabilidade e do tempo. Para isso, é preciso ter disciplina.

Ter disciplina pessoal é decidir o que deve ser feito e fazer. E isso não pode depender da vontade daquele momento. Tem que depender da decisão que foi tomada. A vontade é emocional e a decisão é racional. E o líder, nesse momento, tem que ser racional, pois ele é quem deve ter o discernimento sobre o que é bom e o que não é bom. O emocional só sabe diferenciar o agradável do desagradável, o que não serve como critério de decisão.

Devemos considerar que na vida interagem fenômenos complementares: o sentimento, o pensamento e atitude. Os três são inseparáveis, no entanto, pode variar a ordem em que se apresentam, emergindo três possibilidades:

1. Sentimento - Pensamento - Atitude
2. Pensamento - Sentimento - Atitude
3. Pensamento - Atitude - Sentimento

No primeiro caso, fica-se esperando a vontade chegar. Quando ela chega se pensa o que é que tem que ser feito para atendê-la, então se faz. Assim vivem as pessoas que não realizam muito na vida. Não fazem o que tem que fazer e depois dizem que não fizeram porque não estavam com vontade. Dá para fazer apenas o que se tem vontade o tempo todo? Não dá.

No segundo caso, coloca-se o pensamento na frente e, se ele for consistente e tiver qualidade, será capaz de gerar sentimento. Esse sentimento chama-se motivação que é o grande motor propulsor do trabalho e da realização. Por isso temos que ter qualidade de pensamento. Se alguém fica pensando em como determinado trabalho é chato, o sentimento com relação a ele será sempre negativo. E a pessoa vai se recusar, inconscientemente, a realizá-lo. Ao contrário, se a pessoa se concentrar no lado favorável, gerará um sentimento positivo, que será colocado em prática.

A terceira opção é também poderosa. Pense no que é bom para você e faça. Não fique esperando a vontade chegar, porque talvez ela não chegue nunca. É bom para você fazer ginástica? Claro que sim. Então por que não faz? Porque está sem vontade e fica arranjando desculpas.

O atingimento pleno do exercício da liderança só poderá se tornar completa se todos estes itens estiverem em harmonia.

 

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