Para que isso seja minimizado,
apresentamos o conceito da dominância cerebral, resultado de várias
pesquisas conduzidas ao longo de vinte anos por Ned Herrmann, renomado
pesquisador no assunto.
Ele desenvolveu um modelo prático
tendo por base a classificação dos processos mentais em quatro grandes
quadrantes: analítico, controlador, relacional e experimental. Esse modelo é
uma metáfora do cérebro e trata-se de uma fusão de preferências de pensamento
dos hemisférios esquerdo (habilidades racionais) e direito (habilidades
ligadas à emoção)
Vamos analisar as características
de cada quadrante.
O componente da equipe que
prefere utilizar de forma mais intensa o quadrante analítico analisa,
quantifica, é lógico, crítico e realista. Gosta de números, entende de
dinheiro, sabe como as coisas funcionam. Prefere trabalhar sozinho, realizar
tarefas, aplicar fórmulas, analisar dados, lidar com aspectos mecânicos, lidar
com aspectos financeiros, montar as coisas, fazer algo funcionar, resolver
problemas difíceis, ser desafiado, fazer análise e diagnóstico, explicar, esclarecer
questões, fazer análise de viabilidade, processar logicamente os fatos reais.
O membro da equipe que prefere
utilizar mais acentuadamente o quadrante controlador gosta de tomar
providências, estabelece procedimentos, faz acontecer, é confiável, arrumado e
pontual, planeja, organiza. Gosta de cumprir o cronograma, construir coisas,
estar no controle, aprecia um ambiente organizado, prefere soluções
tradicionais, gosta de fazer tarefas burocráticas, colocar ordem nas coisas,
planejar, estabilizar, dar manutenção. Dá muita atenção aos detalhes, gosta de
tarefas estruturadas, dá apoio, administra, gosta de segurança.
O participante do time que
utiliza constantemente o quadrante relacional como o preferido, é
curioso, brinca, é sensível com os outros, gosta de ensinar, toca muito as
pessoas, gosta de apoiar, é expressivo e emocional, fala muito. Gosta de fazer
com que as pessoas trabalhem juntas, é bastante voltado para aspectos de
comunicação, gosta de resolver questões ligadas às pessoas ao seu redor, expressa
idéias, desenvolve relacionamentos. É dedicado a atividades com outras pessoas
e acha importante fazer parte de uma equipe, convencer as pessoas, perceber o
ambiente, gosta de ajudar os outros e de trabalhar em sociedade.
Quem, na equipe, possui preferência
por utilizar mais intensamente o quadrante experimental sintetiza,
adivinha, imagina, especula, corre riscos, é impetuoso, quebra regras, gosta de
surpresas. Gosta de arriscar-se, inventar soluções, desenvolver uma visão, ter
variedade, fazer projetos, causar mudanças, fazer experiências. Adora vender
idéias, desenvolver novidades, ver o quadro geral, ter muito espaço, integrar
idéias, lidar com o futuro, enxergar o fim desde o começo, e é muito visual.
Imagine como você é diferente das
demais pessoas do seu time!
No dia-a-dia muitos dos conflitos
existentes ocorrem devido à falta de entendimento do que uma pessoa realmente
quer fazer ou dizer, já que isso depende da sua dominância cerebral. Em nosso
processo de comunicação com os outros utilizamos os quadro quadrantes,
entretanto, há predomínio de um deles sobre os demais por ser a forma que mais
conforto nos traz.
Tendemos a nos relacionar melhor
com pessoas cuja dominância seja igual à nossa. Por exemplo, um analítico
costuma trabalhar melhor com outro analítico. Mas as pessoas de dominância
próxima à nossa também serão razoavelmente bem vista por nós.
Alguém com dominância analítica,
por exemplo, terá certa facilidade de interagir com experimentais e
controladores, os quadrantes vizinhos.
Pessoas com estilos de pensamento
totalmente diferentes muitas vezes têm dificuldade de se entenderem, podendo
ocasionar conflitos na interação. Esses conflitos podem surgir devido aos
estereótipos que tendemos a colocar nas pessoas com as quais o relacionamento é
problemático.