Existem muitos mitos acerca da administração do tempo: há pessoas que acham que administrar o tempo é programa a vida nos mínimos detalhes, por isso o que parecia ser a solução, torna-se uma camisa de força. Por outro lado, há pessoas que adoram viver perigosamente, pois acham que o trabalho sai melhor se realizado no último minuto e com aquela adrenalina e pressão. Esse é o mito de "empurrar com a barriga" e deixar tudo para depois. Há ainda aqueles que acham que gerenciar o tempo só se aplica à vida profissional, sempre adiando coisas a serem feitas.
Na busca da eficiência e eficácia, temos utilizado várias ferramentas que nos auxiliam na organização de nossa vida pessoal e profissional. Já usamos bilhetes, litas, calendários, agendas eletrônicas, smartphones, entre outros. No entanto, esses instrumentos não conseguem nos auxiliar verdadeiramente já que temos que conviver com imprevistos, novidades e mudanças. Volta e meia nosso planejamento vai por "relógio" abaixo.
O desafio, portanto, não é mais administrar o tempo, mas a si próprio.
- Você consegue deixar o celular desligado durante um treinamento ou reunião e só ligá-lo nos intervalos?
- Você consegue evitar sua participação em reuniões onde sua presença é desnecessária?
- Você consegue cumprir seu horário de almoço, mastigando bem os alimentos?
A maioria de nós responde não a essas três questões.
Afinal, celular, reuniões e almoço são urgentes ou importantes? Urgente significa que a atividade exige nossa atenção imediata. É agora! As coisas urgentes se impõe a nós. Um telefone que toca é urgente. A maior parte de nós não consegue admitir a hipótese de simplesmente deixar o telefone tocar. Você pode levar horas preparando um relatório ou vestir-se com esmero para fazer uma visita de negócios. Se o telefone toca enquanto você estiver lá, normalmente ele terá prioridade em relação à sua visita. É mais fácil você ficar esperando alguns minutos no escritório do que quem está do outro lado do telefone esperar.
Assuntos urgentes normalmente são óbvios. Eles nos pressionam: insistem para que alguma providência seja tomada e às vezes são agradáveis, fáceis, divertidos de resolver, porém com frequência não são importantes.
A importância tem a ver com resultados: deve contribuir para nossa missão, valores, objetivos e metas. Nós reagimos a questões urgentes. As questões importantes que não são tão urgentes exigem mais iniciativa e proatividade. Se não temos ideia clara do que é importante, dos resultados que pretendemos em nossas vidas, caímos na mera reação do que é urgente.
Dessa forma, temos quatro possibilidades: o que é importante e urgente; o que é urgente, mas não é importante; o que não é nem urgente nem importante; e o que é importante, mas não necessariamente urgente.
No primeiro caso, importante e urgente: temos como resultados o estresse, o esgotamento, administração apenas por crises e sempre "apagando incêndios". Dizemos que é a administração "bombeiro". O que é importante tanto quanto urgente exige atenção imediata, por isso é crise. Estressa, sufoca pois acabamos virando escravos de problemas.
No segundo caso, urgente e não importante: os resultados são o foco no curto prazo, aqui e agora. Também administração por crises, relacionamentos superficiais e quem emprega bastante essa possibilidade considera planos e metas um esforço inútil.
No terceiro caso, nem urgente e tampouco importante: significa total irresponsabilidade pois torna a pessoa dispersa, com baixíssimo poder de concentração e total dependência dos outros. Por que, ás vezes, tendemos a utilizar essa possibilidade? Porque algumas pessoas vivem esmagadas pelos problemas dia após dia e seu único alívio encontra-se em atividades denominadas de "fuga", para se esconder do problema.
O último caso, importante e não urgente: nos fornecem perspectivas, visão de futuro, equilíbrio, disciplina, controle sobre a própria vida e redução de crises. Todavia, não é fácil chegar lá. Para que isso ocorra, teremos que começar a dizer não e pensar um pouco mais em nós e em nossos valores.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Você tem tempo para gerenciar o seu tempo?
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