Você já deve ter ouvido ou dito essa frase: "A primeira impressão é a que fica".
Realmente a primeira impressão que causamos em uma pessoa ou que percebemos de uma pessoa pode ser marcante. Porém será que a primeira impressão é a verdadeira representação de uma determinada pessoa?
Já ouvi muitos relatos de pessoas que no primeiro momento não simpatizaram com alguém e após algum tempo mudaram completamente de opinião em relação à pessoa. Após a conhecerem efetivamente, perceberam que haviam realizado um julgamento precipitado dela.
Na sua opinião, em quanto tempo é formada a primeira impressão de alguém? Quase que instantaneamente, em questão de segundos, você dirá. E nesses segundos, decidimos se tal pessoal é interessante, chata, fechada, simpática, triste, nervosa, feliz...mas será realmente possível definir tudo isso numa fração de segundo?
Essa primeira impressão pode ser formada por interpretações, influências de outras pessoas ou por alguma situação pontual, e o perigo é tornarmos esse momento uma verdade absoluta, tornar essa primeira impressão, que pode ser superficial, um rótulo forte, estereotipado e inflexível.
Uma coisa é fato. A primeira impressão é forte e ela realmente fica, e se você não tiver a oportunidade de novos encontros, a primeira impressão realmente ficará marcada. Se você tiver consciência disso poderá evitar essa armadilha e reduzir o efeito dela em suas interações diárias.
Mesmo porque, se deixarmos realmente nos levar pela primeira impressão, criaremos rótulos em nossa mente, que na verdade são generalizações que fazemos sobre as características ou comportamentos de outras pessoas.
O rótulo é geralmente formado por características externas tais como: a aparência, roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, preferência religiosa, sendo estas classificações nem sempre positivas.
O fato é que muitos desses rótulos são geralmente adquiridos na infância sob a influência dos pais, familiares, amigos, professores e por meio da mídia. E quando um rótulo é aprendido e armazenado no cérebro, cria-se um padrão mental e a tendência é a de que seja transmitido para outras pessoas.
Algumas frases de domínio popular mostram como esses rótulos estereotipados fazem parte do cotidiano e nem sempre correspondem à realidade. Vejamos algumas delas: "O Brasil é o país do samba e do futebol"; "os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor"; "mulher no volante perigo constante"; "os colombianos são traficantes"; "os muçulmanos são terroristas"; "os portugueses são burros"; "home não chora".
E nas empresas, os rótulos são caracterizados por apelidos institucionalizados e aceito por grande parte das pessoas: "Fulano é uma tartaruga"; "ciclano é the flash"; "topeira"; "bombeiro"; "curinga"; "mala sem alça"; "gente boa"; "perseguido"; "coitadinho"; "peixe do chefe"; "puxa saco"; "coração peludo".
Essa é uma pequena amostra de como os rótulos podem moldar nossas ações e deixar nos levar pela primeira impressão.
terça-feira, 16 de julho de 2019
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Clima Organizacional Péssimo = Pessoas Doentes
O que se compreende por um clima organizacional saudável?
Ele ocorre quando há a existência de um ciclo de contribuições e realizações que gera interdependência entre colaboradores e empresa. Dessa forma, a realização da empresa é decorrente do somatório das contribuições de cada empregado. Por outro lado, a realização de cada funcionário se dá em função das contribuições da empresa na forma de reconhecimento, progresso na carreira, elevação da remuneração, desenvolvimento profissional em termos de autonomia, poder e conhecimento.
É uma via de mão dupla, se o ciclo de contribuições x realizações estiver em desarmonia, poderá ocasionar reações negativas, tais como: rupturas, desagregação, desperdícios, conflitos, baixa produtividade, boicotes internos e perda de clientes, entre outros.
A base de sustentação do clima reinante numa organização se dá por meio do fluxo de comunicação, das lideranças, dos valores da empresa e do sistema retributivo.
O fluxo de comunicação é decorrente dos modelos que governam as relações entre as pessoas tais como: o processos de colaboração e competição, orientação à confiança ou desconfiança e a forma como se dá a hierarquia na empresa.
Em termos de liderança, os principais itens estão relacionados à gestão da autoridade, estilo predominante de liderança, tipo de delegação bem como as forma de manifestação do poder.
Em se tratando de valores, o que deve ser observado é se os mesmos são claros para todos dentro da companhia e se são utilizados diariamente em ações pelos empregados de todos os níveis.
O sistema retributivo diz respeito ao conjunto dos modelos de comportamento aprovados, apreciados, premiados ou punidos pela empresa: critérios de avaliação de desempenho e potencial, reconhecimento financeiro, feeedback, mérito e progressão na carreira.
De todos os alicerces elencados, aquele que possui maior potencial de dano à empresa refere-se á liderança.
Pesquisas realizadas por cientistas do comportamento organizacional chegaram a uma conclusão na qual o impacto de um gestor sobre o clima organizacional da equipe é da ordem de 70%. E o clima organizacional possui influência de aproximadamente 30% sobre os resultados alcançados pelo time.
A partir do momento que é encontrado numa determinada companhia um estilo de liderança inadequado, irradiado por toda a organização, não é difícil imaginar o estrago que este acaba causando e que pode ser percebido nos números e na expressão facial dos profissionais.
segunda-feira, 22 de abril de 2019
A Diversidade Humana em Termos de Comportamento
Uma das maiores causas das
tensões que ocorre no interior dos grupos e que afeta a autoestima é a forma
como nos comunicamos com os outros. Por não entendermos as razões dos demais
integrantes serem tão diferentes das nossas, podemos fazer julgamentos
precipitados, afetando o relacionamento.
Para que isso seja minimizado,
apresentamos o conceito da dominância cerebral, resultado de várias
pesquisas conduzidas ao longo de vinte anos por Ned Herrmann, renomado
pesquisador no assunto.
Ele desenvolveu um modelo prático
tendo por base a classificação dos processos mentais em quatro grandes
quadrantes: analítico, controlador, relacional e experimental. Esse modelo é
uma metáfora do cérebro e trata-se de uma fusão de preferências de pensamento
dos hemisférios esquerdo (habilidades racionais) e direito (habilidades
ligadas à emoção)
Vamos analisar as características
de cada quadrante.
O componente da equipe que
prefere utilizar de forma mais intensa o quadrante analítico analisa,
quantifica, é lógico, crítico e realista. Gosta de números, entende de
dinheiro, sabe como as coisas funcionam. Prefere trabalhar sozinho, realizar
tarefas, aplicar fórmulas, analisar dados, lidar com aspectos mecânicos, lidar
com aspectos financeiros, montar as coisas, fazer algo funcionar, resolver
problemas difíceis, ser desafiado, fazer análise e diagnóstico, explicar, esclarecer
questões, fazer análise de viabilidade, processar logicamente os fatos reais.
O membro da equipe que prefere
utilizar mais acentuadamente o quadrante controlador gosta de tomar
providências, estabelece procedimentos, faz acontecer, é confiável, arrumado e
pontual, planeja, organiza. Gosta de cumprir o cronograma, construir coisas,
estar no controle, aprecia um ambiente organizado, prefere soluções
tradicionais, gosta de fazer tarefas burocráticas, colocar ordem nas coisas,
planejar, estabilizar, dar manutenção. Dá muita atenção aos detalhes, gosta de
tarefas estruturadas, dá apoio, administra, gosta de segurança.
O participante do time que
utiliza constantemente o quadrante relacional como o preferido, é
curioso, brinca, é sensível com os outros, gosta de ensinar, toca muito as
pessoas, gosta de apoiar, é expressivo e emocional, fala muito. Gosta de fazer
com que as pessoas trabalhem juntas, é bastante voltado para aspectos de
comunicação, gosta de resolver questões ligadas às pessoas ao seu redor, expressa
idéias, desenvolve relacionamentos. É dedicado a atividades com outras pessoas
e acha importante fazer parte de uma equipe, convencer as pessoas, perceber o
ambiente, gosta de ajudar os outros e de trabalhar em sociedade.
Quem, na equipe, possui preferência
por utilizar mais intensamente o quadrante experimental sintetiza,
adivinha, imagina, especula, corre riscos, é impetuoso, quebra regras, gosta de
surpresas. Gosta de arriscar-se, inventar soluções, desenvolver uma visão, ter
variedade, fazer projetos, causar mudanças, fazer experiências. Adora vender
idéias, desenvolver novidades, ver o quadro geral, ter muito espaço, integrar
idéias, lidar com o futuro, enxergar o fim desde o começo, e é muito visual.
Imagine como você é diferente das
demais pessoas do seu time!
No dia-a-dia muitos dos conflitos
existentes ocorrem devido à falta de entendimento do que uma pessoa realmente
quer fazer ou dizer, já que isso depende da sua dominância cerebral. Em nosso
processo de comunicação com os outros utilizamos os quadro quadrantes,
entretanto, há predomínio de um deles sobre os demais por ser a forma que mais
conforto nos traz.
Tendemos a nos relacionar melhor
com pessoas cuja dominância seja igual à nossa. Por exemplo, um analítico
costuma trabalhar melhor com outro analítico. Mas as pessoas de dominância
próxima à nossa também serão razoavelmente bem vista por nós.
Alguém com dominância analítica,
por exemplo, terá certa facilidade de interagir com experimentais e
controladores, os quadrantes vizinhos.
Pessoas com estilos de pensamento
totalmente diferentes muitas vezes têm dificuldade de se entenderem, podendo
ocasionar conflitos na interação. Esses conflitos podem surgir devido aos
estereótipos que tendemos a colocar nas pessoas com as quais o relacionamento é
problemático.
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